O Rio Grande do Sul contabilizou 109 casos de raiva herbívora em 2022. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) nesta segunda-feira (13/02), pelo Informe Raiva 01/2023. O número de casos foi maior que o registrado em 2021, quando 48 focos foram identificados em 21 municípios. Em 2022, tiveram laudos positivos para raiva herbívora 99 bovinos, nove equinos e um ovino.

De acordo com o analista ambiental André Witt, do Programa de Controle de Raiva Herbívora, o número de casos aumentou devido à estiagem que ocorreu no ano passado, que provocou estresse nas colônias de morcegos, aumentando as agressões ao rebanho. Por isso, Witt recomenda que os produtores rurais tenham cautela ao lidar com a seca deste ano e que vacinem seu rebanho para não sofrer prejuízos nos próximos meses.

Sobre a raiva herbívora

A principal forma de transmissão da raiva para herbívoros se dá pela mordedura do morcego hematófago Desmodus rotundus. Muitas vezes, estes morcegos se escondem em troncos ocos de árvores, cavernas, fendas de rochas, furnas, túneis e casas abandonadas. Por isso, a orientação aos produtores rurais é de que, ao localizarem novos refúgios de morcegos vampiros, não tentem capturá-los por conta própria e comuniquem imediatamente a localização destes refúgios à Inspetoria ou ao Escritório de Defesa Agropecuária do seu município.

A captura dos animais é realizada somente pelos Núcleos de Controle da Raiva do Estado, devidamente capacitados, vacinados contra a raiva. As equipes são acionadas pelas regionais da Secretaria da Agricultura sempre que houver laudo positivo para raiva em herbívoro ou se forem constatados altos índices de mordedura em animais de produção em determinada região.

O Rio Grande do Sul registrou 109 casos de raiva herbívora em 2022, maior número de casos reportado desde que o Estado começou a monitorar a doença em 2021. Esta alta incidência foi motivada pela estiagem do ano passado, que provocou estresse nas colônias de morcegos vampiros, aumentando as agressões ao rebanho.

O controle desta doença deve ser feita por meio da vacinação dos animais, além da comunicação imediata de produtores rurais aos Núcleos de Controle da Raiva, quando forem localizados novos refúgios de morcegos vampiros. É importante que os produtores rurais tomem estas medidas para evitar que a doença se espalhe e cause prejuízos à produção de animais de produção.

Com informações de Rádio Fandango

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